Sabina Deweik, renomada futurista, professora e pesquisadora comportamental, traz uma perspectiva fascinante sobre o futuro do mercado imobiliário. Em uma entrevista exclusiva para o Saber Imobiliário, ela destaca a importância das escolhas e ações dos corretores de imóveis para se destacarem em um cenário em constante evolução. A pandemia acelerou as mudanças e provocou uma disrupção sem precedentes, exigindo uma adaptação rápida da sociedade. Neste artigo, exploraremos a visão de Sabina Deweik sobre a competência e inteligência necessárias para se sobressair no mercado imobiliário do futuro.
De acordo com Sabina, a capacidade de adaptação humana é geralmente linear, mas a pandemia forçou uma rápida adaptação em uma escala parabólica. Nesse novo contexto, tudo mudou, desde a automação tecnológica até os padrões de consumo dos clientes. Klaus Schwab, do Fórum Econômico Global, observa que diferentes crises se exacerbam e se entrelaçam. Adam Tooze, por sua vez, revela a interconexão de temas críticos, como pandemia, energia, inflação e meio ambiente. As crises se influenciam mutuamente, impactando o comportamento do consumidor.
Um dos aspectos que têm moldado o mercado imobiliário atual é a ansiedade climática, especialmente entre a geração mais jovem. Além disso, a inteligência artificial generativa, representada por ChatGPT e sua rápida adoção por milhões de usuários, está transformando a forma como interagimos com a tecnologia. Essa nova realidade nos inspeciona, em vez de sermos apenas espectadores, e promete injetar trilhões de dólares na economia até 2030.
Diante dessas mudanças, novas habilidades se tornam essenciais. A falência de bancos tradicionais, como o Banco Silicon Valley, e as emergências climáticas em todo o mundo são sinais de um contexto permeado por fragilidades e ansiedades. O acrônimo VUCA, que descreve a volatilidade do mundo pré-pandemia, é substituído por BANI, simbolizando a realidade pós-coronavírus. O mercado imobiliário precisa se adaptar a essa nova era, desenvolvendo habilidades intrinsecamente humanas, pois a tecnologia é apenas um meio e nós somos os fins.
Atualmente, convivem quatro gerações com anseios distintos, mas um fato surpreendente é que 37% dos indivíduos da Geração Z têm a intenção de comprar imóveis. Para atender a essas demandas, os corretores de imóveis precisam se concentrar em identificar padrões e tendências emergentes. Ser protagonista e cocriador das mudanças é fundamental nesse cenário onde tudo está interligado. Estamos testemunhando a mudança de uma era, e a única certeza é que nada é permanente. Adaptar-se é desafiador, mas necessário para prosperar.
Conclusão:
A competência e inteligência no mercado imobiliário são mais relevantes do que nunca diante das rápidas transformações do mundo. A pandemia acelerou o ritmo das mudanças, exigindo uma adaptação ágil. Nesse contexto, corretores de imóveis devem desenvolver habilidades que vão além do conhecimento técnico, abraçando a intrínseca compreensão das necessidades e sonhos humanos. A interconexão de crises e o desejo de uma moradia própria evidenciam a importância de se antecipar às tendências e ser um agente ativo na criação do futuro. Apesar das incertezas, a adaptação é a chave para se destacar em um mercado imobiliário em constante evolução.