O setor da construção civil tem enfrentado desafios constantes, e um aspecto crucial que preocupa as construtoras são os crescentes custos envolvidos nos projetos. A Fundação Getulio Vargas (FGV) tem realizado estudos aprofundados para compreender essa tendência e apresentou os resultados durante uma live promovida pelo SindusCon-SP. Neste artigo, exploraremos as descobertas da FGV e sua análise sobre os fatores que impulsionam o aumento dos custos das construtoras.
De acordo com o economista André Braz, da FGV/Ibre, a revisão da estrutura e ponderação do Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) revela um panorama preocupante para as construtoras. O indicador de custos de São Paulo continua tendo um peso significativo no cálculo, seguido por Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Por outro lado, Brasília registrou a maior queda em sua participação no INCC. Essa nova metodologia também proporciona uma visão mais clara sobre os custos relacionados à mão de obra e aos subcontratados.
Os estudos realizados para a revisão do INCC envolveram diversas etapas, incluindo a coleta de informações junto às construtoras e uma ampla pesquisa de preços. A ponderação dos padrões construtivos foi baseada na pesquisa imobiliária da Abrainc/Brain, considerando a participação de cada padrão no Valor Geral de Vendas (VGV). Os pesos atribuídos aos custos nos resultados experimentais da revisão do INCC foram de 33% para os imóveis econômicos, 40,7% para os imóveis de médio padrão e 26,3% para os imóveis de alto padrão.
Esses dados evidenciam a crescente pressão sobre as construtoras, que enfrentam desafios significativos para equilibrar os custos em seus empreendimentos. Os custos com mão de obra e subcontratados estão entre os principais impulsionadores dessa tendência. A revisão do INCC fornece uma visão mais precisa sobre a estrutura de custos, permitindo uma análise mais detalhada e a identificação de oportunidades para otimização.
Conclusão:
O aumento dos custos das construtoras é uma preocupação constante no setor da construção civil. A revisão da estrutura e ponderação do INCC pela FGV revela a complexidade dessa questão, com São Paulo liderando o cenário e Brasília sofrendo uma queda significativa em sua participação. A nova metodologia também destaca a importância dos custos com mão de obra e subcontratados no panorama geral.
Esses resultados destacam a necessidade de as construtoras adotarem estratégias eficientes de gestão de custos, buscando equilibrar os investimentos e a qualidade das obras. A análise detalhada dos padrões construtivos e a compreensão dos pesos atribuídos aos diferentes segmentos imobiliários são essenciais para uma tomada de decisão embasada.
À medida que o setor da construção civil enfrenta esses desafios, é fundamental que as construtoras busquem soluções inovadoras e eficazes para otimizar seus processos, reduzir desperdícios e melhorar a produtividade. A colaboração entre os diferentes agentes do setor, incluindo entidades de pesquisa e associações, pode contribuir para o desenvolvimento de estratégias abrangentes que beneficiem toda a indústria.
Em suma, compreender os custos crescentes das construtoras é essencial para o planejamento e o sucesso dos empreendimentos no mercado imobiliário. A análise realizada pela FGV oferece insights valiosos e aponta a importância de uma gestão cuidadosa dos custos, além do incentivo à inovação e à colaboração dentro do setor.